acho que todos gostamos de nos martirizar por um motivo, não importa qual. e, obviamente, ninguém tem sensibilidade o suficiente p/ nos entender. nossa pele é sempre especial. alguns inclusive se transformam em vítimas de si mesmo. não é o prazer de passar por um processo de se deparar c/ uma questão e se envaidecer por ter conseguido resolvê-la. é querer viver dentro do problema todo o tempo. é gostar de contar p/ as pessoas o quanto padecemos e de como somos merecedores da nossa pena e da dos outros também.
fico extremamente agoniada c/ pessoas que não são alegres nem por dez segundos, que fazem do reclamar uma razão p/ viver; aquele povo que vc sabe que vai se transformar em velhinhos rabugentos. é andar na rua e ver um motivo p/ ser ranzinzo a cada dois metros. esse povo existe p/ lembrar uma das metas da minha vida, que é não me tornar alguém semelhante.
as histórias de sofrimento de alguma maneira sempre chamam mais atenção, né? o povo adora uma tragédia. tinha um quadro no domingo legal, “de volta para casa”, em que a equipe do programa resgatava retirantes nordestinos engolidos e vomitados por são paulo, e os devolvia as suas cidades de origem. as pessoas praticamente sentiam orgulho de dizer que viviam miseravelmente, de carregar aquele estigma, de saber que não tiveram sorte na vida. e tome o programa explorando o negócio.
particularmente falando, as mulheres frágeis de alguma maneira chamam mais a atenção (dos homens). qual o lugar das descomplicadas nesse mundo? por que elas nasceram p/ ser uma exceção (pouco admirada) à regra e não uma versão do gênero feminino? existe charme em ser problemática, em demandar incessantemente a proteção dos outros?
e quando paro p/ pensar nos motivos pelos quais me martirizo, me pergunto se todos os problemas nasceram pra ter solução. vivo me debatendo, brigando comigo mesma por não conseguir resolver coisas que se arrastam há séculos. vc morre menos feliz por ter pendências consigo mesmo? vc se sente menos capaz ao notar que não progrediu em nada lidando c/ essas pendências? se não dá p/ resolver, devemos nos conformar? e se nos conformarmos, como controlar a influência dessas peiticas aparentemente insolúveis?
são essas coisas que fazem c/ quem eu crie um abuso de mim mesma.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
sábado, 19 de julho de 2008
eu sou inocente demais p/ aguentar isso
vi num site taras loucamente exóticas. alguns destaques:
oculofilia: pessoas que se excitam com olhos de outras pessoas, a ponto de chegar ao orgasmo tocando, lambendo e até penetrando a zona ocular.
p/ mim é inconcebível: como as pessoas conseguem penetrar lá?
flatofilia: prazer erótico por escutar, cheirar e apreciar gases intestinais próprios e alheios.
muitos maridos estariam liberados das reclamações de suas esposas.
dentrofilia: algumas pessoas só atingem o orgasmo quando se esfregam em troncos de árvores.
ah, isso aí nem é muito assustador. existe muita diferença em transar c/ um pau (HA HA HA, que trocadilho massa) ou um bicho?
furtiling: excitar-se penetrando com o dedo genitais recortados em uma foto ou desenho.
porque, convenhamos né... cada textura de cada papel proporciona uma sensação diferente. era uma vez eu, numa livraria, passando a mão nas capas dos livros. um cara viu o que eu fazia, chegou perto de mim e disse que também gostava de “sentir os livros”. daí lembrei que, não importando sua idade, sempre será válido o aviso da sua mãe p/ não conversar c/ estranhos. esse cara ia começar a falar de experiências do tipo.
insuflação: excitar-se soprando com força os orifícios corporais alheios.
esse pessoal deve unir o útil ao agradável: trabalham em casas de festa infantil, e ganham p/ se masturbar enchendo bolas.
latronudia: uma ramificação do exibicionismo em que se incluem as pessoas que se excitam tirando a roupa para médicos. normalmente essas pessoas fingem doenças para realizar essa fantasia.
sim, aí o que os médicos fazem nessa hora?
microgenitalismo: atração sexual por pênis pequenos. quanto menor, maior a excitação.
se meu blog atingisse um grande público, teria muita gente comemorando ao ler isso e procurando as almas gêmeas desde já. (nossa senhora, eu sou muito má)
misofilia: indivíduos que se excitam com o cheiro, a visão ou a manipulação de roupas sujas de outras pessoas.
o sonho desses doidos é trabalhar numa lavanderia.
psicrofilia: pessoas que chegam ao orgasmos sentindo frio ou observando outros indivíduos nessa situação.
vou ver se arranjo um paquerinha no festival de inverno de garanhuns, agora.
hemotigolagnia: atração erótica por absorventes usados. é uma especialização da menstruofilia, o amor à regra.
não, essa eu me recuso a comentar por uma questão de ética.
oculofilia: pessoas que se excitam com olhos de outras pessoas, a ponto de chegar ao orgasmo tocando, lambendo e até penetrando a zona ocular.
p/ mim é inconcebível: como as pessoas conseguem penetrar lá?
flatofilia: prazer erótico por escutar, cheirar e apreciar gases intestinais próprios e alheios.
muitos maridos estariam liberados das reclamações de suas esposas.
dentrofilia: algumas pessoas só atingem o orgasmo quando se esfregam em troncos de árvores.
ah, isso aí nem é muito assustador. existe muita diferença em transar c/ um pau (HA HA HA, que trocadilho massa) ou um bicho?
furtiling: excitar-se penetrando com o dedo genitais recortados em uma foto ou desenho.
porque, convenhamos né... cada textura de cada papel proporciona uma sensação diferente. era uma vez eu, numa livraria, passando a mão nas capas dos livros. um cara viu o que eu fazia, chegou perto de mim e disse que também gostava de “sentir os livros”. daí lembrei que, não importando sua idade, sempre será válido o aviso da sua mãe p/ não conversar c/ estranhos. esse cara ia começar a falar de experiências do tipo.
insuflação: excitar-se soprando com força os orifícios corporais alheios.
esse pessoal deve unir o útil ao agradável: trabalham em casas de festa infantil, e ganham p/ se masturbar enchendo bolas.
latronudia: uma ramificação do exibicionismo em que se incluem as pessoas que se excitam tirando a roupa para médicos. normalmente essas pessoas fingem doenças para realizar essa fantasia.
sim, aí o que os médicos fazem nessa hora?
microgenitalismo: atração sexual por pênis pequenos. quanto menor, maior a excitação.
se meu blog atingisse um grande público, teria muita gente comemorando ao ler isso e procurando as almas gêmeas desde já. (nossa senhora, eu sou muito má)
misofilia: indivíduos que se excitam com o cheiro, a visão ou a manipulação de roupas sujas de outras pessoas.
o sonho desses doidos é trabalhar numa lavanderia.
psicrofilia: pessoas que chegam ao orgasmos sentindo frio ou observando outros indivíduos nessa situação.
vou ver se arranjo um paquerinha no festival de inverno de garanhuns, agora.
hemotigolagnia: atração erótica por absorventes usados. é uma especialização da menstruofilia, o amor à regra.
não, essa eu me recuso a comentar por uma questão de ética.
sexta-feira, 18 de julho de 2008
tratando dos (nobres) temas universais
sempre bato muito na tecla do cotidiano. p/ mim, isso é fundamental. o dia-a-dia (não o passado) faz c/ que eu me sinta mais velha, porque, à medida que vejo o tempo passar, me pergunto se ainda vai sobrar tempo p/ realizar objetivos ainda desconhecidos por mim mesma. e sou pretensiosa a ponto de querer que o deus-dos-dias-úteis-e-fins-de-semana me dê certeza se to fazendo a coisa certa agora.
assentados nessa temática (huhu), aí vai um texto escrito no ano passado. numa das aulas de fotografia, o professor pediu que escrevêssemos p/ alguma das pessoas que falam no documentário janela da alma. é um negócio sobre a visão em geral. no maior estilo carta p/ papai noel, escolhi escrever p/ o diretor de cinema win wenders. têm uma falas dele entre aspas por aí.
carta a win wenders
“o excesso de imagens de hoje em dia nos prova que somos incapazes de prestar atenção”. parece que não conseguimos parar p/ dizer se algo é válido, completar ou não c/ o nosso próprio sentido. falta um tempo p/ respirar, “um espaço p/ inserir sonhos”, e s/ querer ficamos distantes anos-luz da verdadeira intenção. pensamos equivocadamente estar no caminho certo, fazendo tudo aquilo que queremos, que somos invencíveis... mas tudo não passa de deslumbramento. um êxtase fugaz provoca a perda de resistência que nos faz mais críticos.
talvez estamos gastando tempo na esperança vã de fazer mais tempo. a vida nos impõe, ou arranjamos, múltiplas obrigações – sejam elas trabalho, estudo ou qualquer outro item – p/ chegarmos em algum lugar. parece que essa quantidade de coisas a serem feitas nos desnorteia, e acabamos s/ tempo p/ dedicar a nós mesmos. “a vida carece de sentido” quando os sentimentos perdem espaço, quando a racionalidade de cumprir metas determinadas pelos outros nos comandam.
quebrar a cara é inerente à vida, e perder o rumo faz parte da prática que nos leva a ser mais maduros. achar respostas é procurar dentro de si mesmo, mas as pessoas não vêem motivo p/ desperdiçar tempo consigo se há receitas nos livros de auto-ajuda... como se existisse uma maneira instantânea de ser feliz! “imagens prontas e clichês nos fazem esquecer de olhar ao vivo”. as pessoas querem ter prazer a todo custo, e não se lembram de como é necessário passar por um aprendizado que às vezes traz dor. não nos permitem errar. mas perder o rumo obriga a pensar por si mesmo. falta o equilíbrio que só a reflexão pode trazer.
e eu entendi muito bem quando vc disse que não mais vemos histórias simples, que esperamos coisas grandiosas do cinema. as pessoas querem que seu dia-a-dia seja repleto de eventos inesquecíveis. elas esquecem que o cotidiano é feito justamente de fatos ordinários, de problemas, de mazelas da rotina, do suor. mas não é justamente na sucessão de dias comuns que construímos nossas relações, que damos (ou não) um sentido a nossa vida? acho impossível, por exemplo, negar a segurança que uma amizade de anos proporciona. desprezar esse cotidiano é destruir aquilo que passamos tanto tempo p/ conseguir realizar. é como se recusássemos a nós mesmos.
eu acho que as pessoas geralmente pensam que é difícil ser forte por não saber de onde vieram. evitam a todo custo o parar no tempo quando essa é a única alternativa que resta. aliás, encarar a vida é inevitável.
assentados nessa temática (huhu), aí vai um texto escrito no ano passado. numa das aulas de fotografia, o professor pediu que escrevêssemos p/ alguma das pessoas que falam no documentário janela da alma. é um negócio sobre a visão em geral. no maior estilo carta p/ papai noel, escolhi escrever p/ o diretor de cinema win wenders. têm uma falas dele entre aspas por aí.
carta a win wenders
“o excesso de imagens de hoje em dia nos prova que somos incapazes de prestar atenção”. parece que não conseguimos parar p/ dizer se algo é válido, completar ou não c/ o nosso próprio sentido. falta um tempo p/ respirar, “um espaço p/ inserir sonhos”, e s/ querer ficamos distantes anos-luz da verdadeira intenção. pensamos equivocadamente estar no caminho certo, fazendo tudo aquilo que queremos, que somos invencíveis... mas tudo não passa de deslumbramento. um êxtase fugaz provoca a perda de resistência que nos faz mais críticos.
talvez estamos gastando tempo na esperança vã de fazer mais tempo. a vida nos impõe, ou arranjamos, múltiplas obrigações – sejam elas trabalho, estudo ou qualquer outro item – p/ chegarmos em algum lugar. parece que essa quantidade de coisas a serem feitas nos desnorteia, e acabamos s/ tempo p/ dedicar a nós mesmos. “a vida carece de sentido” quando os sentimentos perdem espaço, quando a racionalidade de cumprir metas determinadas pelos outros nos comandam.
quebrar a cara é inerente à vida, e perder o rumo faz parte da prática que nos leva a ser mais maduros. achar respostas é procurar dentro de si mesmo, mas as pessoas não vêem motivo p/ desperdiçar tempo consigo se há receitas nos livros de auto-ajuda... como se existisse uma maneira instantânea de ser feliz! “imagens prontas e clichês nos fazem esquecer de olhar ao vivo”. as pessoas querem ter prazer a todo custo, e não se lembram de como é necessário passar por um aprendizado que às vezes traz dor. não nos permitem errar. mas perder o rumo obriga a pensar por si mesmo. falta o equilíbrio que só a reflexão pode trazer.
e eu entendi muito bem quando vc disse que não mais vemos histórias simples, que esperamos coisas grandiosas do cinema. as pessoas querem que seu dia-a-dia seja repleto de eventos inesquecíveis. elas esquecem que o cotidiano é feito justamente de fatos ordinários, de problemas, de mazelas da rotina, do suor. mas não é justamente na sucessão de dias comuns que construímos nossas relações, que damos (ou não) um sentido a nossa vida? acho impossível, por exemplo, negar a segurança que uma amizade de anos proporciona. desprezar esse cotidiano é destruir aquilo que passamos tanto tempo p/ conseguir realizar. é como se recusássemos a nós mesmos.
eu acho que as pessoas geralmente pensam que é difícil ser forte por não saber de onde vieram. evitam a todo custo o parar no tempo quando essa é a única alternativa que resta. aliás, encarar a vida é inevitável.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
miniflashback
os anos 80 também irradiaram sua breguice p/ as eleições. hoje eu vi uns vídeos das propagandas políticas dos candidatos à prefeitura de são paulo em 85. sempre há gente sem noção fazendo doideiras no horário político (e esse povo é o único motivo de alegria no período eleitoral), mas geralmente essas pessoas não fazem parte do alto escalão.
vejamos eduardo suplicy:
é uma mistura de we are the world c/ comercial da brastemp. a expressão facial da galera cantando é uma aula de teatro. depois vêm os depoimentos dos artistas – super convincentes e cheios de apelos irrefutáveis. jonas bloch, gonzaguinha e josé wilker são discípulos de machado de assis na concisão. destaque p/ marcos frota, c/ camisa de legião urbana; antônio fagundes travestido de rambo, numa pose de macho c/ a cadeira invertida; e um suplicy magééérrimo, praticamente um cover de betinho.
na mesma eleição, regina duarte, em apoio a FHC, comparando a possível vitória de jânio quadros ou de suplicy à ascensão nazista na década de 30:
excluindo a helena de por amor, a melhor coisa que envolve regina duarte definitivamente nao é política. o negócio é mais embaixo, literalmente.
vejamos eduardo suplicy:
é uma mistura de we are the world c/ comercial da brastemp. a expressão facial da galera cantando é uma aula de teatro. depois vêm os depoimentos dos artistas – super convincentes e cheios de apelos irrefutáveis. jonas bloch, gonzaguinha e josé wilker são discípulos de machado de assis na concisão. destaque p/ marcos frota, c/ camisa de legião urbana; antônio fagundes travestido de rambo, numa pose de macho c/ a cadeira invertida; e um suplicy magééérrimo, praticamente um cover de betinho.
na mesma eleição, regina duarte, em apoio a FHC, comparando a possível vitória de jânio quadros ou de suplicy à ascensão nazista na década de 30:
excluindo a helena de por amor, a melhor coisa que envolve regina duarte definitivamente nao é política. o negócio é mais embaixo, literalmente.
quarta-feira, 9 de julho de 2008
souvenir
alguém pode me dar uma sugestão de presente que andré possa me trazer do rio de janeiro?
não vale aquela "alguém que me ama muito me trouxe esta camisa" nem ímã do cristo redentor. este último já está devidamente pregado na geladeira do lado de uma foto 3x4 minha aos 3 anos.
talvez uma bala perdida? cocaína dos atores da globo? uma composição nova do funk?
aaaaaaaah, já sei. a barra de cereal do avião da gol, de novo.
recomendamos: passeio de carrinho de golfe pelo projac à la video show.
não vale aquela "alguém que me ama muito me trouxe esta camisa" nem ímã do cristo redentor. este último já está devidamente pregado na geladeira do lado de uma foto 3x4 minha aos 3 anos.
talvez uma bala perdida? cocaína dos atores da globo? uma composição nova do funk?
aaaaaaaah, já sei. a barra de cereal do avião da gol, de novo.
recomendamos: passeio de carrinho de golfe pelo projac à la video show.
primeira conversa fiada do blog
foto 3x4 é um problema nas nossas vidas. a câmera consegue extrair uma feiúra interior incomensurável; a luz ressalta o que há de pior. são anos de trauma causado por esse momento necessário à vida burocrática.
nos momentos anteriores ao clique, me olhava no espelho. escolhia a cara que ia fazer e só faltava passar laquê no cabelo p/ que nenhum dos fios se mexesse um milímetro sequer. daí ficava estática, esperando a sentença de morte do flash. mas não adiantava, sempre saía uma coisa completamente diferente. diabolicamente diferente.
essas fotos sempre rendem frutos. o caso mais comum são seus amigos tirando onda, dizendo que vc tá parecendo uma empregada, um duende e adjacências. no meu passe-fácil, por exemplo, minha testa se ampliou em 10³. na da minha identidade, um lado do meu cabelo tá maior do que o outro – não me pergunte como isso aconteceu.
mas um milagre aconteceu, nós temos que louvar:
agora eu exibo minha carteira de estudante. falo bom dia ao cobrador c/ o maior orgulho. essa é a melhor em 19 anos. é assim que eu quero que as pessoas lembrem de mim: de franja, c/ um sorriso monalisíco. aliás, acho que esse pseudo-sorriso é uma técnica p/ amenizar os efeitos implicados pela foto. temos aqui um discípulo meu:
andré simões sorriu marotamente. mas ele esqueceu de uma coisa. através do reflexo do flash, denunciou-se que as lentes de seus óculos não são varilux. mais cautela na próxima, garoto. vc também pode chegar lá.
e já que o novo filme de batman está p/ estrear, aí vai minha homenagem póstuma a heath ledger. rafael sotero cedeu os direitos de sua imagem em nome da causa:
e falando em franja, fudeu. não vou pode trabalhar na globo:
Apresentadora de jornal tira a franja a pedido da Globo
nos momentos anteriores ao clique, me olhava no espelho. escolhia a cara que ia fazer e só faltava passar laquê no cabelo p/ que nenhum dos fios se mexesse um milímetro sequer. daí ficava estática, esperando a sentença de morte do flash. mas não adiantava, sempre saía uma coisa completamente diferente. diabolicamente diferente.
essas fotos sempre rendem frutos. o caso mais comum são seus amigos tirando onda, dizendo que vc tá parecendo uma empregada, um duende e adjacências. no meu passe-fácil, por exemplo, minha testa se ampliou em 10³. na da minha identidade, um lado do meu cabelo tá maior do que o outro – não me pergunte como isso aconteceu.
mas um milagre aconteceu, nós temos que louvar:
agora eu exibo minha carteira de estudante. falo bom dia ao cobrador c/ o maior orgulho. essa é a melhor em 19 anos. é assim que eu quero que as pessoas lembrem de mim: de franja, c/ um sorriso monalisíco. aliás, acho que esse pseudo-sorriso é uma técnica p/ amenizar os efeitos implicados pela foto. temos aqui um discípulo meu:
andré simões sorriu marotamente. mas ele esqueceu de uma coisa. através do reflexo do flash, denunciou-se que as lentes de seus óculos não são varilux. mais cautela na próxima, garoto. vc também pode chegar lá.
e já que o novo filme de batman está p/ estrear, aí vai minha homenagem póstuma a heath ledger. rafael sotero cedeu os direitos de sua imagem em nome da causa:
e falando em franja, fudeu. não vou pode trabalhar na globo:
Apresentadora de jornal tira a franja a pedido da Globo
sexta-feira, 4 de julho de 2008
motivos
1 - de felicidade causada por coisinhas pequenas:
achei 50 centavos no bolso. aquela moeda grandona e pesada é uma ilusão. na minha cabeça, dá p/ comprar qualquer coisa c/ ela. aliás, quando a gente é pirraia, sente que pode dominar o mundo c/ dois reais. aí vai ali na vendinha da esquina e torra tudo em bombom e porcarias adjacentes.
2 - de alívio por morar no brasil:
Garoto não chama colega para festa e causa furor na Suécia
qual a melhor maneira de resolver isso? sair na porrada como um bom latino-americano ou ter uma simples festinha sendo discutida em nível institucional? gente, vamos abrir o coração p/ jesus e se livrar desse rancor.
achei 50 centavos no bolso. aquela moeda grandona e pesada é uma ilusão. na minha cabeça, dá p/ comprar qualquer coisa c/ ela. aliás, quando a gente é pirraia, sente que pode dominar o mundo c/ dois reais. aí vai ali na vendinha da esquina e torra tudo em bombom e porcarias adjacentes.
2 - de alívio por morar no brasil:
Garoto não chama colega para festa e causa furor na Suécia
qual a melhor maneira de resolver isso? sair na porrada como um bom latino-americano ou ter uma simples festinha sendo discutida em nível institucional? gente, vamos abrir o coração p/ jesus e se livrar desse rancor.
deixando as amenidades p/ lá
ainda é cedo p/ fazer qualquer tipo de balanço em relação ao presente blog. não é possível dizer se ele vai corresponder as minhas pretensões (que por sua vez são indefinidas), se no fim das contas eu vou ter apreendido algo c/ tudo isso. mas, p/ mim, ele já personifica uma tentativa concreta de estabelecer um contato c/ um mundo além do meu infinito particular.
escrever regularmente, isso eu faço desde os 12 anos. é muito menos trabalhoso ter que corresponder somente à ânsia peculiar, não ter que obedecer padrão nem regra. em algumas ocasiões era excessivamente particular e truncada a ponto de, hoje, não mais entender birosca nenhuma sobre o que queria dizer antes. depois que fiquei mais velha, percebo uma “nobreza” maior (não determinada por mim) em temas universais, em dores universais, em amores universais. geralmente as pessoas só se encantam c/ eventos extraordinários, incomuns; raramente vêem beleza na vidinha. contrariar isso é ir contra toda a tradição novelística globeira.
a primeira tentativa séria de tentar dialogar, seja jornalisticamente ou c/ qualquer outro intuito, foi falando sobre o movimento estudantil. conversar comigo mesma é muito fácil. ruim é tentar adaptar todas essas análises vistas como equilibradas por mim a um mundo que não se importa c/ as minhas intenções. porque escrever por si só já é um negócio muito difícil. e vc entra no nível hard quando seus textinhos sobre as frases dos outros vão ser publicizadas, deixando de pertencer a vc.
e acho que, pior do que aprender a escrever, é se fazer compreender nesse mundo. minha vontade de abandonar a ignorância e de saber como as coisas funcionam sempre foi acompanhada de deter 0,2% da capacidade de persuasão de jesus, maomé, napoleão, hitler, madonna... apesar de não ter um grande propósito na vida, sempre quis dominar o método.
pronto, talvez eu adquira isso c/ o blog: habilidade. a propósito, sou incurável quanto a títulos. quem foi o miserável que criou a necessidade de títulos? oras bolas, não sei condensar um djabo de um texto em duas palavras.
a propósito (de novo), vcs me entenderam?
escrever regularmente, isso eu faço desde os 12 anos. é muito menos trabalhoso ter que corresponder somente à ânsia peculiar, não ter que obedecer padrão nem regra. em algumas ocasiões era excessivamente particular e truncada a ponto de, hoje, não mais entender birosca nenhuma sobre o que queria dizer antes. depois que fiquei mais velha, percebo uma “nobreza” maior (não determinada por mim) em temas universais, em dores universais, em amores universais. geralmente as pessoas só se encantam c/ eventos extraordinários, incomuns; raramente vêem beleza na vidinha. contrariar isso é ir contra toda a tradição novelística globeira.
a primeira tentativa séria de tentar dialogar, seja jornalisticamente ou c/ qualquer outro intuito, foi falando sobre o movimento estudantil. conversar comigo mesma é muito fácil. ruim é tentar adaptar todas essas análises vistas como equilibradas por mim a um mundo que não se importa c/ as minhas intenções. porque escrever por si só já é um negócio muito difícil. e vc entra no nível hard quando seus textinhos sobre as frases dos outros vão ser publicizadas, deixando de pertencer a vc.
e acho que, pior do que aprender a escrever, é se fazer compreender nesse mundo. minha vontade de abandonar a ignorância e de saber como as coisas funcionam sempre foi acompanhada de deter 0,2% da capacidade de persuasão de jesus, maomé, napoleão, hitler, madonna... apesar de não ter um grande propósito na vida, sempre quis dominar o método.
pronto, talvez eu adquira isso c/ o blog: habilidade. a propósito, sou incurável quanto a títulos. quem foi o miserável que criou a necessidade de títulos? oras bolas, não sei condensar um djabo de um texto em duas palavras.
a propósito (de novo), vcs me entenderam?
quinta-feira, 3 de julho de 2008
mantendo a audiência
depois da introdução, vem o quê? tô sofrendo da síndrome do segundo disco, ou melhor, do segundo post. será que eu vou dar uma de los hermanos (desculpem-me pela péssima referência, foi a primeira coisa que me veio à cabeça) e não mais frequentar o faustão?
poxa, sou novinha nesse showbusiness, mas já sofro c/ essa dor metalingüística. a veia jornalística é muito exigente, me tortura p/ que eu consiga muitos receptores. mas como captá-los, como mantê-los? apelar p/ a banheira do gugu ou apoiar o cinema na mongólia?
[interrompemos esta transmissão p/ mostrar a notícia bonita do dia: Vencedor do 'Aprendiz' inglês falta no 1º dia de trabalho]
tenho recebido elogios pelas matérias do descampado, um blog sobre coisas sérias. me senti bem quando um dos entrevistados mais importantes p/ a pauta do meu grupo “aprovou” o que tava escrito lá. acho que ninguém saiu prejudicado mesmo quando eu descia o cacete em algumas coisas. fiquei mais orgulhosa ainda quando uma das minhas amigas de colégio disse que estava c/ orgulho de mim. me senti tipo a minininha que cresceu e que agora segue o caminho dos seus sonhos, snif snif.
pronto, amanhã eu começo a falar sobre amenidades.
gente, até o fechamento desta edição, ganhei CINCO comentários na minha abertura, sou tão pop... tô me sentindo mais poderosa do que meu pLiminho de dois anos dominando uma massinha de modelar.
poxa, sou novinha nesse showbusiness, mas já sofro c/ essa dor metalingüística. a veia jornalística é muito exigente, me tortura p/ que eu consiga muitos receptores. mas como captá-los, como mantê-los? apelar p/ a banheira do gugu ou apoiar o cinema na mongólia?
[interrompemos esta transmissão p/ mostrar a notícia bonita do dia: Vencedor do 'Aprendiz' inglês falta no 1º dia de trabalho]
tenho recebido elogios pelas matérias do descampado, um blog sobre coisas sérias. me senti bem quando um dos entrevistados mais importantes p/ a pauta do meu grupo “aprovou” o que tava escrito lá. acho que ninguém saiu prejudicado mesmo quando eu descia o cacete em algumas coisas. fiquei mais orgulhosa ainda quando uma das minhas amigas de colégio disse que estava c/ orgulho de mim. me senti tipo a minininha que cresceu e que agora segue o caminho dos seus sonhos, snif snif.
pronto, amanhã eu começo a falar sobre amenidades.
gente, até o fechamento desta edição, ganhei CINCO comentários na minha abertura, sou tão pop... tô me sentindo mais poderosa do que meu pLiminho de dois anos dominando uma massinha de modelar.
quarta-feira, 2 de julho de 2008
ei rapá! é contigo mermo que eu quero falar.
o plâncton: existem zilhões dele no mar. cecília santana: o orkut mostrou mil mininas c/ o mesmo nome. paralelo-constatação: zilhões elevado a mil cumprindo seus papéis respectivos no ecossistema – e no sistema.
se eu tô tentando me diferenciar da multidão? provavelmente. da mesma maneira que o plâncton nutre os bichinhos, sempre quis que as pessoas se alimentassem de mim (eu disse alimentar, não comer - s/ margem p/ os sapequinhas). fazendo jus ao meu grande clichê dos primeiros dias de faculdade de jornalismo: EU QUERO FORMAR OPINIÃO!
mas isso aqui não vai ser unilateral. odeio gente que só faz falar loucamente, tipo a rádio Antena 1, que não permite a participação do ouvinte nem revela nome nem autor das músicas que tocam lá. quero conversar c/ quem aparecer. este blog não vai bater educadamente nas portinhas de vcs, e por isso mesmo podem reagir. dêem um tapa na minha cara virtual sempre que necessário. só não vale aqueles comentários safados de youtube, tais como “vc é bobo, feio, chato e/ou gay não gostei ponto”.
no fundo, queria ser mais popular que o kibeloco. queria ser mais cool que o papel pop. queria ser mais boba/fofinha do que o cyanide & happiness. mas se meus miguinhos lerem c/ atenção, fico feliz. caso contrário, continuo p/ mim mesma. ou aperto um botão vermelho que faça c/ que este blog seja destruído em cinco segundos.
o plâncton decidiu falar na esfera pública virtual. me desejem sabedoria e criatividade.
p.s.: agradecimentos a luísa, uma das estudantes de jornalismo mais competentes que eu conheço, que me deu um empurraozinho s/ saber.
se eu tô tentando me diferenciar da multidão? provavelmente. da mesma maneira que o plâncton nutre os bichinhos, sempre quis que as pessoas se alimentassem de mim (eu disse alimentar, não comer - s/ margem p/ os sapequinhas). fazendo jus ao meu grande clichê dos primeiros dias de faculdade de jornalismo: EU QUERO FORMAR OPINIÃO!
mas isso aqui não vai ser unilateral. odeio gente que só faz falar loucamente, tipo a rádio Antena 1, que não permite a participação do ouvinte nem revela nome nem autor das músicas que tocam lá. quero conversar c/ quem aparecer. este blog não vai bater educadamente nas portinhas de vcs, e por isso mesmo podem reagir. dêem um tapa na minha cara virtual sempre que necessário. só não vale aqueles comentários safados de youtube, tais como “vc é bobo, feio, chato e/ou gay não gostei ponto”.
no fundo, queria ser mais popular que o kibeloco. queria ser mais cool que o papel pop. queria ser mais boba/fofinha do que o cyanide & happiness. mas se meus miguinhos lerem c/ atenção, fico feliz. caso contrário, continuo p/ mim mesma. ou aperto um botão vermelho que faça c/ que este blog seja destruído em cinco segundos.
o plâncton decidiu falar na esfera pública virtual. me desejem sabedoria e criatividade.
p.s.: agradecimentos a luísa, uma das estudantes de jornalismo mais competentes que eu conheço, que me deu um empurraozinho s/ saber.
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